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29/10/2021

Efeito Olimpíadas: interesse pela prática de skate aumenta após Tóquio 2020

Efeito Olimpíadas: interesse pela prática de skate aumenta após Tóquio 2020

 

Tóquio 2020 foi uma Olimpíada bastante única. Se, por um lado, a questão da pandemia afetou - e atrasou em um ano - a competição como um todo, por outro, a estreia de alguns esportes, incluindo o skate, tornaram esse momento ainda mais único.

 

Para o Brasil, essa estreia não poderia ter sido melhor: três medalhas de prata, com Kelvin Hoefler, Pedro Barros, além, é claro, da nossa fadinha Rayssa Leal. Além disso, o skate não só aumentou a quantidade de medalhas do Brasil na competição, como também as Olimpíadas fez com que o número de adeptos do esporte crescesse bastante no mundo todo, inclusive por aqui.

 

Isso aconteceu por diversos motivos. O primeiro deles foi o clima de descontração entre os atletas, algo não muito comum em outras modalidades. Mesmo com competidores de alto nível, quem assistiu percebeu que aquilo não parecia uma competição, mas um encontro de amigos e de celebração ao esporte. Outro motivo foram os atletas, com destaque para a ultra carismática Rayssa Leal. Com apenas 13 anos, ela se tornou a medalhista olímpica mais jovem do Brasil e a terceira mais jovem da Era Moderna em um esporte individual.


 

O fenômeno Fadinha

 

Conhecida como a “Fadinha do Skate”, Rayssa conquistou fãs por onde passou, incluindo dois grandes nomes da história do skate, o também brasileiro Bob Burnquist e o estadunidense Tony Hawk.

 

Apesar de jovem, a menina nascida na cidade de Imperatriz, no Maranhão, já vem se destacando há muitos anos no esporte. Isso mesmo, há muitos anos! Ainda em 2015, quando, aos 7 anos, se tornou a primeira campeã brasileira do skate mirim do Brasil. Alguns meses depois, um vídeo em que a pequena fazia um heelflip perfeito vestida com uma fantasia de fada - daí o seu apelido - foi compartilhado por Tony Hawk. Depois disso, Rayssa começou a aparecer em muitos programas e se transformar em uma figura conhecida. Tóquio 2021 foi apenas a consagração dessa história.



Uma nova geração de skatistas está se formando

 

Escolinhas de skate com filas de espera. Pistas públicas e privadas de skate se multiplicando.

 

Essa é a nova realidade deste esporte. A cidade de Porto Alegre-RS, por exemplo, vai entregar ainda neste mês de outubro a maior pista de skate da América Latina - e uma das maiores do mundo -, localizada na orla do Rio Guaíba, com cinco formatos diferentes em 6,2 mil metros quadrados. Também seguindo a tendência, São Paulo-SP, a maior cidade brasileira, promete construir mais três pistas nos próximos anos. Fortaleza-CE anunciou a construção de uma pista dentro de um dos shoppings da cidade. E isso também é uma realidade em outras cidades do país. 

 

O skate sempre teve força, sendo um instrumento de saúde e ocupação do espaço urbano. Mas é inegável que as Olimpíadas intensificaram a importância e a repercussão do esporte a níveis nunca antes vistos. Mais do que um grande momento, essa deve ser vista como uma grande oportunidade.